O Júri da 18ª Edição do Prémio Eduardo Lourenço, reunido hoje, 25 de novembro de 2022, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio a Valentín Cabero Diéguez.
O Júri reconheceu os méritos académicos e científicos de Valentín Cabero Diéguez em particular o seu compromisso cívico com os territórios mais frágeis e a sua contribuição para a cooperação ibérica.
Valentín Cabero Diéguez, geógrafo, catedrático jubilado da Universidade de Salamanca, tem dedicado o seu trabalho aos lugares e às pessoas, às paisagens e aos valores patrimoniais e conhece com rigor os processos de transformação dos territórios mais vulneráveis da fronteira luso-espanhola.
Nas suas investigações destaca-se a direção de projetos científicos, sempre numa abordagem interdisciplinar, e em colaboração com estudiosos de diferentes países. É o caso, entre outros, dos projetos sobre Trás-os-Montes/Zamora, Beira Interior/Salamanca-Cáceres e a Raia Central Ibérica, visando a articulação das zonas fronteiriças e a cooperação entre os povos da fronteira.
Como afirmou Fernando Paulouro Neves, Valentín Cabero “é um geógrafo que faz do rumor do mundo uma grande paixão, elege a geografia (também) como fenómeno sentimental e de afetos e combina o local e o global numa articulação de densidade humana e cultural, convocando-nos à descoberta das particularidades para podermos perceber a condição humana na sua complexidade”.
Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2022, no montante de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), foi atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do CEI, a saber: o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa; os Vice- reitores das Universidades de Coimbra, Delfim Leão, e de Salamanca, Javíer Benito González; membros das Comissões Científica e Executiva do CEI (António Pedro Pita e Manuel Santos Rosa da UC e Pedro Serra e María Isabel Martín Jiménez da USAL) e pelas seguintes personalidades convidadas: Ana Paula Arnaut e Lídia Jorge, indicadas pela Universidade de Coimbra e Enrique Cabero Morán e Raquel Domínguez Fernández, indicados pela Universidade de Salamanca.