O Júri da 19ª Edição do Prémio Eduardo Lourenço, reunido hoje, dia 22 de setembro, na sede do Centro de Estudos Ibéricos, na Guarda, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio à escritora Lídia Jorge.
Considerada uma das mais importantes romancistas do panorama literário português, Lídia Jorge tem uma obra rica e multifacetada (novelística, poética, ensaística e dramatúrgica) que traduz o seu notável percurso intelectual, cultural e cívico.
O Júri reconheceu a importante projeção da obra de Lídia Jorge no espaço nacional, internacional e ibero-americano, em particular. Com edições e traduções em muitas línguas de grande projeção internacional, Lídia Jorge é das criadoras que mais atenção merece no meio académico (através de estudos, colóquios, e trabalhos de investigação).
Lídia Jorge é uma das escritoras portuguesas que afirmaram a presença feminina no campo literário (testemunho que assume ter recebido de Agustina Bessa Luís, Prémio Eduardo Lourenço 2015), tendo sido reconhecida com os principais prémios literários de língua portuguesa, vários prémios europeus e da América Latina.
Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2023, no montante de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), foi atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do Centro de Estudos Ibéricos (Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Reitor da Universidade de Coimbra e Reitor da Universidade de Salamanca) membros das Comissões Científica e Executiva do CEI (António Pedro Pita e Manuel Santos Rosa da Universidade de Coimbra e Pedro Serra e María Isabel Martín Jiménez da Universidade de Salamanca) e pelas seguintes personalidades convidadas: Maria de Lurdes Fernandes e José Augusto Cardoso Bernardes, indicadas pela Universidade de Coimbra e María Ramona Domínguez Sanjurjo e Francisco Gómez Bueno, indicadas pela Universidade de Salamanca.
De entre os galardoados em anteriores edições do Prémio Eduardo Lourenço destacam-se, entre outros, a pianista Maria João Pires (2007), os escritores César António Molina, (2010), Mia Couto (2011), Agustina Bessa-Luís (2015) e Luis Sepúlveda (2016), os professores Maria Helena da Rocha Pereira (2004), Jerónimo Pizarro (2013), Carlos Reis (2019) e Valentín Cabero Diéguez (2022) e a Fundação José Saramago (2021).
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